Missa das 19h de Sábado, na Igreja Paroquial da Nossa Senhora da Ajuda em Lisboa

"Com música, com o nosso sentir cristão, com notas que deixamos hoje, aqui, para vós!"

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2007/09/12

Semana XXIV do Tempo Comum

Domingo, 16 de Setembro de 2007


Dai a paz, Senhor, aos que em Vós esperam
e confirmai a verdade dos vossos profetas.



LEITURA I Ex 32, 7-11.13-14
«O Senhor desistiu do mal com que tinha ameaçado o seu povo»

Deus revela-Se através de toda a história da salvação como ‘amigo dos homens’, Aquele que, depois da encarnação do seu Filho, S. João há-de dizer que é Amor. Momentos há, no entanto, em que a Sagrada Escritura atribui a Deus sentimentos de indignação e de ira, para indicar a sua detestação profunda do pecado, como nesta leitura, porque o pecado e a aliança são incompatíveis. Mas, uma vez que o pecador se volte para Ele, logo Se mostra pronto a perdoar-lhe e a acolhê-lo de novo na sua aliança.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 50 (51)
Refrão: Vou partir e vou ter com meu pai.


LEITURA II 1 Tim 1, 12-17
«Cristo veio salvar os pecadores»

Começamos a ler hoje a primeira epístola de S. Paulo ao seu discípulo Timóteo. Por coincidência, a passagem que hoje se lê encerra uma palavra de acção de graças a Deus pela sua misericórdia revelada na conversão de Paulo. Assim, esta leitura nos fará compreender melhor a mensagem das outras duas.


EVANGELHO – Forma longa Lc 15, 1-32
«Haverá alegria entre os Anjos de Deus
por um só pecador que se arrependa»

O amor de Deus não é uma palavra vaga sem sentido. Com três parábolas, qual delas a mais impressionante, o Senhor Se esforça por nos fazer sentir esse amor de misericórdia, que não cessa de nos convidar ao arrependimento, para nos perdoar e nos unir a Si.


Os cânticos virão...porque o Senhor merece toda a nossa alegria a louvá-Lo
Boa semana...beijinhos da Marta


















3 comentários:

Patitas disse...

Neste domingo, para nós sábado, vamos ter a oportunidade de voltar a ouvir esse clássico que é a “parábola do filho pródigo”.
Por já estarmos saturados, visto sermos bombardeados com esta passagem desde tempos de catequese, talvez tenhamos a pretensão de pensar que esta parábola já nada de novo nos pode dar e assim poderemos, sem nos aperceber, fechar os nossos ouvidos e o nosso coração à palavra de Deus.

Já todos sabemos que a figura do Pai é Deus.
Esta foi fácil!

Mas quem somos nós no enredo desta parábola?
(esperem surpresas)

Por ordem de entrada em cena:

O filho mais novo – a figura do pecador, aquele que nega o Pai, renuncia o Amor do Pai e pior, ao pedir a herança antecipadamente, afirma que o Pai para si está morto. Mas quando tudo fica mau, pois não há farol, vem o arrependimento e vai de bater no peito e penitências à espera de que Deus o receba e tudo possa ser como dantes. Quantas vezes, nas nossas atitudes nós magoamos quem mais nos ama, e quantas vezes nós só nos lembramos de Deus quando estamos aflitos;

Habitante da terra que manda guardar porcos – é a personificação de quem se aproveita de quem está por baixo. Trabalho precário, remuneração precária logo satisfação precária. Quantas vezes não ouvimos quem quer falar connosco e ainda temos a presunção de pensar que somos muito caridosos só porque em raros momentos damos pouco de nós aos outros;

O filho mais velho – representa todo aquele que, por ter estado sempre em casa do Pai e nunca a ter abandonado, se sente superior àquele que regressa. É a arrogância de quem se acha sem pecados e se julga capaz de atirar a primeira pedra àquele que admite os ter. Também não reconhece o Pai visto o achar injusto para com ele. Quantas vezes nós só por sermos assíduos à missa nos achamos mais sabedores da vontade de Deus. Quantas vezes olhamos com alguma desconfiança e por vezes nos afastamos de quem regressa ou entra para junto de nós só porque não é um dos que sempre ficou.

A grande moral é que talvez nós sejamos todos estes personagens, enquanto não soubermos, para depois vivermos, o que é o Amor.

Anónimo disse...

E, no entanto, apesar de termos em nós um pouco de todas estas personagens (ou muito), a verdade é que Deus continua sempre de braços abertos para nos receber.

Estamos sempre a pedir segundas oportunidades, e estamos sempre a recebê-las, basta olharmos para as nossas vidas, a misericórdia de Deus está sempre presente, no pequeno e no grande...

E nós, estamos sempre de braços abertos para o receber?

"O amor pede amor", já dizia a nossa Amorosa Madre Teresa de Calcutá...

Anónimo disse...

Marta

Acho que esta história do filho pródigo se prende com a problemática da aolescência e o conflito de gerações a ela associado.
Freud de certeza que teria uma explicação plausível para o piqueno que saiu de casa...

E quantas vezes não nos apeteceu sair também de diversas casas, como o local de trabalho, um grupo de pertença ou sítios onde sentimos que estamos a ficar sufocados e sem liberdade?

...a única diferença é que se o fizermos não vamos ter as pessoas mais tarde a receber-nos de volta...ou talvez aconteçam milagres.
tenho dito!