Missa das 19h de Sábado, na Igreja Paroquial da Nossa Senhora da Ajuda em Lisboa

"Com música, com o nosso sentir cristão, com notas que deixamos hoje, aqui, para vós!"

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2012/02/21

"(...) Arrependei-vos e acreditai no Evangelho"


Quaresma I

LEITURA I - Gen 9, 8-15

A primeira leitura dos domingos da Quaresma não está em ligação com a do Evangelho, como nos domingos do Tempo Comum. Refere-se à história da salvação, mostrando como Deus encaminhou os passos da humanidade, desde os tempos mais antigos até à realização da promessa da nova Aliança em Jesus Cristo. Este ano, começamos com Noé. O dilúvio termina com uma aliança, que anuncia desde logo a aliança estabelecida entre Deus e os homens na Morte e Ressurreição de Cristo. Por outro lado, no próprio dilúvio Deus quis significar a regeneração espiritual do baptismo, pois nele, como no dilúvio, a água se tornou, simbolicamente, “fim de vícios e origem de virtudes” (liturgia baptismal).

SALMO RESPONSORIAL - Salmo 24 (25), 4bc-5ab. 6-7bc. 8-9 (R. cf. 10)

Refrão: Todos os vossos caminhos, Senhor, são amor e verdade para os que são fiéis à vossa aliança. Repete-se

LEITURA II - 1 Pedro 3, 18-22

S. Pedro faz nesta leitura o comentário ao dilúvio, estabelecendo a comparação entre este e o baptismo. O baptismo é hoje o verdadeiro dilúvio, que destrói o pecado e faz nascer uma nova humanidade em Cristo. Assim, a história da salvação chega a todas as gerações e todas elas são arrastadas na sua corrente de graça.

EVANGELHO - Mc 1, 12-15

“O Senhor Jesus Cristo era tentado pelo demónio no deserto. Mas em Cristo também tu eras tentado, porque Ele tomou sobre Si a tua condição humana, para te dar a salvação; para Si tomou as tuas tentações, para te dar a sua vitória” (S. Agostinho). A vitória de Jesus sobre Satanás proclamada neste primeiro Domingo da Quaresma anuncia desde já o triunfo pascal da sua Morte e Ressurreição, e oferece-nos, ao mesmo tempo, a participação nessa sua vitória sobre o pecado e a morte.



Cânticos
Entrada – Venham todos
Kyrie - Somos o teu povo
Aclamação da palavra – Eu vim para escutar
Ofertório – A paz vai correndo
Santo - Alcantara
Pai Nosso - Dó maior
Cordeiro - Vespertino
Comunhão - Peregrino
Acção de Graças – Nada Temo
Final – Sonhar acordado


Carros, barulho, pessoas, horários cheios, problemas corriqueiros: tudo isto faz com que cada dia se resuma a apenas ao cumprimento de objectivos concretos, de tarefas urgentes, de uma realidade que se impõe. No entanto, se em 24 horas não há espaço para mais do que isso, estamos perante uma vida imposta, heterónoma, e destinada ao fracasso. Precisamos do silêncio, da solidão e do descanso. Só calados, sozinhos e parados percebemos que somos mais do que o que dizemos e do que fazemos. Só no deserto compreendemos que a nossa vida tem de ser de Amor. Não é por isso de espantar que o primeiro paradeiro de Jesus Cristo na sua vida pública, logo depois do Baptismo, segundo os relatos de S. Mateus, S. Marcos e S. Lucas, seja o deserto.

Ao contrário do que pode parecer a uma primeira vista, Jesus não vai ao deserto em busca de “paz interior”, de uma palmadinha nas costas do Pai que o confirme no caminho que tem pela frente. Ele vai “a fim de ser tentado pelo diabo” (Mt 4, 1). Os 40 dias do deserto são antes de mais nada um confronto. E o que nos poderá surpreender é que este não se trata de um confronto que nos é distante, reservado a heróis, a ascetas e a habitantes de desertos. Assim, também o nosso silêncio e a nossa solidão não são apenas um forma de encontro romântico com Deus. São também o terreno da antiga batalha entre o Bem e o Mal. A vitória de Jesus tem de ser a nossa vitória. Para que a nossa vida possa ser entregue, o mesmo é dizer para que tenha verdadeiro valor, para que seja uma verdadeira vida de amor, ela tem de se vencer a ela-própria. E o que é que isso significa?

Primeiro, é necessário dar conta de que o nosso coração é um campo de batalha. Para isso, visitemos o deserto.Visitar o deserto é não ter medo da solidão, do silêncio, daquilo que quando paramos nos invade a consciência. Visitar o deserto é contemplar a confusão que é a nossa vida, e encontrar nos dias alegrias redentoras, certezas firmes e ao mesmo tempo sofrimento escondido e dúvidas constantes. Visitar o deserto, por isso, implica renúncia. É necessário afastar de nós uma vida de
correria distraída apenas preocupada em matar a fome dos apetites do dia-a-dia. Só assim pode nascer uma verdadeira atenção a nós próprios, uma atenção reveladora do permanente confronto e diálogo que há no nosso coração entre Jesus e o Mal.

Depois, temos de deixar que a vitória seja a de Jesus. Trata-se de aprender que a vida não é completamente nossa, que é mais do que nossa, que não pertence apenas a este mundo. A partir do momento em que nos sabemos criaturas, na nossa boca deve sempre estar “Seja feita a Vossa vontade”. Há um Caminho que nos afasta do mal, importa segui-Lo. Lutar contra as tentações é o mesmo que perceber que há Alguém a Quem obedecer. Quando caímos nas tentações transformamos as cruzes que levamos ao pescoço em estatuetas de ouro de nós próprios. Cristo tem de vencer, ainda que isso custe. Quem nos disse que o Amor é um mar de rosas era mentiroso. O silêncio e a descoberta do confronto de nada valem se forem estéreis. É preciso que tenham consequências contra a minha preguiça, orgulho, e seus companheiros.
Temos a sorte de ter um tempo de Quaresma para visitar o deserto todos os anos. Que saibamos que mais do que um silêncio reconfortante, a sede é o que encontraremos. Que não sejamos saciados por fontes que secam, mas pela única fonte verdadeira. E que pela oração, pela penitência e pela esmola, encontremos um Deus de Amor de Quem não nos queiramos afastar”.
Vasco Cordovil Cardoso

Beijos e abraços
Luisa

2012/02/18

«Jesus não foi sim e não, mas sempre foi sim»

Tempo Comum VII
LEITURA I - Is 43, 18-19.21-22.24b-25

É extraordinário, e acima de toda a compreensão, o amor e a misericórdia de Deus para com os homens. O Senhor está sempre pronto a perdoar. Constantemente Ele insiste connosco, para que nos voltemos, verdadeiramente, para Ele, e queiramos receber o seu perdão, com o esquecimento de todas as nossas faltas.

SALMO RESPONSORIAL - Salmo 40 (41), 2-3.4-5.13-14 (R. 5)
Refrão: Salvai-me, Senhor, porque pequei contra Vós. Repete-se
Ou: Salvai, Senhor, a minha alma, pois contra Vós eu pequei. Repete-se

Feliz daquele que pensa no pobre:
no dia da desgraça o Senhor o salvará.
O Senhor lhe concederá protecção e vida,
fá-lo-á ditoso na terra
e não o abandonará ao ódio dos seus inimigos. Refrão

No leito do sofrimento o Senhor o assistirá
e na doença o aliviará.
Eu digo: Senhor, tende piedade de mim,
curai-me, pois pequei contra Vós. Refrão

Vós me conservareis são e salvo
e em vossa presença me estabelecereis para sempre.
Bendito seja o Senhor, Deus de Israel,
desde agora e para sempre. Amen. Refrão

LEITURA II - 2 Cor 1, 18-22

Deus é sempre fiel às suas promessas de amor e de perdão. Foi, por isso, que enviou o seu Filho à Terra. Com o seu “sim” à vontade do Pai, Cristo veio trazer aos homens a salvação. A força divina do Espírito Santo que nos é dada é uma garantia que supera a nossa fraqueza.

EVANGELHO - Mc 2, 1-12

Sem a colaboração e a persistência dos quatro homens que o transportavam, nunca o paralítico seria curado e perdoado por Jesus. Quantos dos nossos irmãos ainda manietados pelo pecado não estarão à espera da nossa ajuda e da nossa insistência para se deixarem conduzir até junto do perdão misericordioso de Cristo?
 
 
Cânticos para amanha

Entrada - Caminharei (pela Tua estrada)

Kyrie - Kyrie

Aleluia - Como a ponte

Ofertório - Senhor, aqui nos tendes

Santo - Ao Senhor nosso Deus

Pai Nosso - Pai Nosso Vespertino

Cordeiro - Proclama o Teu Senhor

Comunhão - Povo de Deus

A.G. - Permanece

Final - Hoje
 
Beijos e abraços
Luisa

2012/02/10

"Sois o meu refúgio, Senhor; dai-me a alegria da vossa salvação"

Tempo Comum VI

LEITURA I - Lev 13, 1-2.44-46

Esta leitura prepara-nos para melhor compreendermos a do Evangelho. Ali Jesus vai curar um doente de lepra. Nesta leitura, são recordadas as prescrições da Lei do Antigo Testamento a respeito dos leprosos. A situação destes doentes era verdadeiramente infeliz. Tanto mais se poderá ver na cura que o Senhor fez um sinal do seu poder e da sua misericórdia.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 31 (32), 1-2.5.7.11 (R. 7)

Refrão: Sois o meu refúgio, Senhor; dai-me a alegria da vossa salvação. Repete-se

LEITURA II - 1 Cor 10, 31 – 11, 1

Paulo propõe-se a si mesmo como modelo aos cristãos, porque ele tem por modelo o próprio Cristo. O que ele pretende é que ninguém seja ocasião de pecado para os outros, mas antes de edificação e de salvação.

EVANGELHO - Mc 1, 40-45

Uma vez mais, Jesus Se mostra Senhor da vida. Por outro lado, mostra-Se livre em relação à Lei e superior a ela: toca no doente, o que era contrário à Lei, mas manda que o homem curado se vá mostrar aos sacerdotes, o que era exigência da Lei. Jesus é realmente a fonte da vida nova; Ele é hoje o Ressuscitado.


Cânticos para este Sábado

Entrada - Acolhe a vida - 1
Kyrie - Senhor, que vieste - 6
Aleluia - Quero sempre viver - 14
Ofertório - Para além - 14
Santo - Santo és tu senhor - 3
Pai Nosso - Pai, Tu és meu Deus - 6
Cordeiro - Cordeiro de Deus - 1
Comunhão - Razão de viver - 12
Acção de Graças - Eu queria dizer - 7
Final - Dá musica à vida - 7

Relembramos...


Beijos e abraços
Luisa

2012/02/02

«Todos Te procuram»

Tempo Comum V

LEITURA I - Job 7, 1-4.6-7

Job é o tipo de todo o homem que sofre e que não sabe encontrar explicação para o sofrimento. No entanto, ele sabe que o Senhor não é estranho a esse sofrimento; por isso, se abandona nas suas mãos, invocando-O e esperando a sua resposta. Se Job tivesse conhecido a Paixão de Cristo seguida da Ressurreição, teria encontrado resposta mais completa para a sua dor!

SALMO RESPONSORIAL - Salmo 146 (147), 1-2.3-4.5-6 (R. cf. 3a ou Aleluia)

Refrão: Louvai o Senhor, que salva os corações atribulados. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Louvai o Senhor, porque é bom cantar,
é agradável e justo celebrar o seu louvor.
O Senhor edificou Jerusalém,
congregou os dispersos de Israel. Refrão

Sarou os corações dilacerados
e ligou as suas feridas.
Fixou o número das estrelas
e deu a cada uma o seu nome. Refrão

Grande é o nosso Deus e todo-poderoso,
é sem limites a sua sabedoria.
O Senhor conforta os humildes
e abate os ímpios até ao chão. Refrão


LEITURA II - 1 Cor 9, 16-19.22-23

O que leva S. Paulo a pregar o Evangelho é exclusivamente a consciência que tem de que o deve pregar para salvação de todos. Até o direito que tem de ser assistido materialmente pelos irmãos ele rejeita, para ficar mais livre na sua pregação. E é na fidelidade à urgência deste serviço na fé e no amor a Cristo que ele experimenta a alegria da liberdade.

EVANGELHO - Mc 1, 29-39
 
Ao contrário de Job, sofredor e incapaz de superar o mal, Jesus cura as doenças e expulsa os demónios. Assim Se afirma Senhor da vida e da morte, e anuncia desde já a ressurreição. E quer levar esta Boa Nova a toda a parte; por isso, não se deixa ficar preso pelos interesses, sempre limitativos, dos seus beneficiários, mas alarga a sua acção a todos os lados. Todavia esta actividade tão intensa não O impede de procurar um lugar ermo para aí orar ao Pai.

Cânticos

Entrada - Falar de Ti (17)  
Kyrie - Senhor Tem Piedade II (8)
Aleluia – Quando estamos Unidos
Ofertorio - A quem Irei (3)
Santo - Santo Roqueiro (5)
Pai-Nosso - Senhor Aceita (7)
Cordeiro - Alegro (2)
Comunhão - Na Areia Daquela Praia (6)
Acção de Graças - Abraça a Cruz (f2)
Final - Sentido Para Amar (28)


ORAÇÃO VICARIAL - 6ª FEIRA - 21H30
Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Ajuda, Lisboa