Missa das 19h de Sábado, na Igreja Paroquial da Nossa Senhora da Ajuda em Lisboa

"Com música, com o nosso sentir cristão, com notas que deixamos hoje, aqui, para vós!"

www.vespertino.org

2007/05/29

1=3 e 3=1

- Bom! Aqui estou eu com uma jovem de Cascais, que me vai fazer umas perguntas previamente ensaiadas, e que está notoriamente impressionada com o meu brilhantismo.
- Professor, Deus é um só?
- Sim!
- Mas ao mesmo tempo, Deus são 3 pessoas?
- Também!
- Então são 3 Deuses!?
- Não!
- É só 1 Deus?
- Sim!
- Então não são 3.
- Sim, são 3!
- Mas quais 3!?
- Pai, Filho e Espírito Santo.
- Então não são 1!
- Sim são 1!
- Mas professor, isso não é um bocado confuso?
- Não! Deus é Uno sendo 3 pessoas distintas, e essas 3 pessoas distintas formam um só Deus!
- Ah! Pois isso. Hum... Não percebi!


LEITURA I
Prov 8, 22-31
Antes das origens da terra, já existia a Sabedoria

A Sabedoria não é só um bem muito desejável. É mais do que isso.
É uma pessoa viva, cuja origem é anterior à criação de todas as coisas. Intimamente unida a Deus, mas, ao mesmo tempo, distinta d’Ele, assiste-O na obra da criação, manifestando-se activamente criadora. Proveniente de Deus, pertence ao âmbito divino. Contudo, ela vem ao encontro dos homens, no desejo profundo de com eles estabelecer relações de amizade.
Nesta Sabedoria de Deus, assim descrita no Antigo Testamento (o qual, sem nos dar uma revelação precisa do mistério trinitário, nos vai introduzindo, pouco a pouco, nos segredos da vida íntima de Deus), vê a tradição patrística, a partir de S. Justino, o Verbo de Deus, Jesus Cristo, Sabedoria e Palavra criadora de Deus, pelo Qual «tudo foi criado» (Jo. 1, 3).

SALMO RESPONSORIAL
Salmo 8, 4-9 (R. 2a)

Como sois grande em toda a terra, Senhor, nosso Deus!

LEITURA II
Rom 5, 1-5
Para Deus, por Cristo, na caridade que recebemos do Espírito

A vida cristã mergulha as suas raízes no mistério de um Deus uno, Sua essência e trino em Pessoas, tal como se revelou em Jesus Cristo. Pelo Sacrifício de Jesus, nós fomos, na verdade, introduzidos nessa comunhão de vida e amor, que é a Trindade Santíssima.
Reconciliados com o Pai, justificados mediante a fé, passámos de um estado de inimizade com Deus à posse de uma amizade, que nos transforma em imagens e filhos de Deus. Começámos a viver da própria vida de Deus. E embora entre a justificação e a salvação medeie o espaço da nossa vida terrena, tão fértil em tribulações, estamos seguros de que viremos a gozar, de modo perfeito, das riquezas de Deus, pois o Espírito Santo nos foi dado como penhor do amor do Pai por nós.
Em paz com Deus e os irmãos, o cristão vai-se divinizando e divinizando a sua vida quotidiana. Vai impregnando de amor as suas relações humanas, procurando reproduzir na vida de cada dia o amor que se revelou no mistério da Trindade.

EVANGELHO
Jo 16, 12-15
«Tudo o que o Pai tem é meu. O Espírito receberá do que é meu, para vo-lo anunciar»

No decorrer de toda a Sua vida, Jesus foi dando a conhecer aos Apóstolos, de maneira progressiva, mas muito concreta, as Suas relações com o Pai e o Espírito Santo, introduzindo-os assim no mistério de Deus uno e trino. Ao terminar a Sua missão, promete-lhes o Espírito Santo, como guia seguro, no tempo da Sua ausência. Espírito de verdade, Ele manterá vivo o ensinamento de Jesus, através dos séculos; Ele ajudará os discípulos a aprofundar a Revelação de Jesus, Palavra definitiva do Pai (Jo. 1, 12; 18).
Aceitando este dom de Deus, o Espírito enviado por Cristo, para nos iluminar, vivificar e divinizar, nós recebemos a salvação, que não é simples libertação do pecado, mas sim inserção na vida trinitária
– inserção que só será perfeita na eternidade.

Além da própria missa, a celebração Vespertina do próximo sábado vai contar com mais dois motivos de festa:
- A renovação dos votos matrimoniais do casal Quintela. Já são 50 anos dos muitos anos do “viveram felizes para sempre”.
- O nosso Zé Garrido vai receber os sacramentos da iniciação cristã!!!
Estaremos lá todos para te dar aquele abraço com o Espírito. E o “Nada temo” é na sua versão concerto!

Entrada – Em nome do Pai (15)
Kyrie – Kyrie (9)
Aleluia – Simples (13)
Crisma – Espírito de Amor (Acção de Graças 24)
Renovação – Avé Maria Schubert (Maria 10)
Ofertório – Pai Santo (Acção de Graças 11)
Santo – Santo I (8)
Pai Nosso – Pai Tu és meu Deus (1)
Cordeiro – Allegro (3)
Comunhão – Meu pão sagrado (2)
Acção de Graças – Nada Temo (9)
Final – Navegar (16)

Sábado dia 9 de Junho, às 11 horas, na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Ajuda, casamento Vespertino de um casal Vespertino (mais detalhes, brevemente, no blog Vespertino)

2007/05/23

Vinde, Espírito Santo

Conta a história que estando os apóstolos refugiados em casa, ouviram uma forte rajada de vento, mesmo com um tempo, que suponho primaveril de Jerusalém, de sol esplendoroso e passarinhos a cantar. Esse som ouviu-se na casa onde se encontravam, nada conta se o mesmo som terá sido ouvido no exterior. Só foi ouvido ou também foi sentido? Até que ponto a percepção dos nossos sentidos não nos fará viver a experiência daquilo que vemos, ouvimos, tocamos? Será que os apóstolos sentiram a rajada de vento nos seus corpos?
Qual a intenção desta tempestade?
Atemorizar!?
Pôr alerta!?
Não seremos nós uns seres que ficamos mais vigilantes quando nos sentimos em perigo, mais expostos, mais frágeis?
Em Getsémani, quando Jesus pede aos discípulos para vigiar e orar, eles arranjam um cantinho confortável e vai de pôr o esqueleto em descanso. Imaginem se o mesmo aconteceria durante um ribombar de trovoada.

Outro ponto importante é que após a acção do Espírito Santo ocorre uma mudança, mas uma mudança que implica uma alteração da definição de nós próprios, semelhante a uma decisão que sabemos vai condicionar a nossa vida: o curso, o trabalho, o casamento.
Esta ideia pode ser mais facilmente compreendida se pensarmos nos sacramentos onde, após recebermos a graça Divina, nós já não somos iguais ao que éramos momentos antes.

A suavidade do Espírito Santo é precedida por um som de vendaval, como que anunciando que após a tempestade vem a bonança.
A mudança que o Espírito Santo nos pede, por muito que isso possa custar, é sem duvida o melhor para nós cristãos.

Aproximam-se ventos de mudança...



LEITURA I
Actos 2, 1-11
«Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar»

De harmonia com a promessa de Jesus, o Espírito Santo, manifestando a Sua presença sob os sinais sensíveis do vento e do fogo, desce sobre os Apóstolos, transforma-os totalmente e consagra-os para a missão, que Jesus lhes confiara.
Com este Baptismo no Espírito Santo, nascia assim, oficialmente, a Igreja. Nesse dia, homens separados por línguas, culturas, raças e nações, começavam a reunir-se no grande Povo de Deus num movimento que só terminará com a Vinda final de Jesus.

SALMO RESPONSORIAL
Salmo 103 (104), 1ab e 24ac.29bc-30.31.34 (R. 30)
Enviai, Senhor, o vosso Espírito e renovai a face da terra.

LEITURA II
1 Cor 12, 3b-7.12-13
«Todos nós fomos baptizados num só Espírito, para formarmos um só Corpo»

O Espírito Santo é «a alma da Igreja». É Ele que dá aos Apóstolos a perfeita compreensão do Mistério Pascal e os leva a anunciar a Ressurreição a todos os homens, sem excepção. É por Ele que nós acreditamos que Jesus é Deus e essa nossa fé se mantém. É Ele que enriquece o Corpo Místico com dons e carismas, numa grande variedade de vocações, ministérios e actividades. É Ele que, ao mesmo tempo que nos distingue, dando-nos uma personalidade própria dentro da Igreja, nos põe em comunhão uns com os outros, de tal modo que a diversidade não destrói a unidade.

Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.

Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.

Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.

Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.

Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.

Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.

Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.

Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.

Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:

Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.

EVANGELHO
Jo 20, 19-23
«Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós:
Recebei o Espírito Santo»

Com a Páscoa, inicia-se a nova Criação. E, como na primeira, também agora o Espírito Santo está presente, a insuflar aos homens, mortos pelo pecado, a vida nova do Ressuscitado. Jorrando do Corpo glorificado de Cristo, em que se mantêm as cicatrizes da Paixão, o Sopro purificador e recriador do mesmo Deus, comunica-se aos Apóstolos. Apodera-se deles, a fim de que possam prolongar a obra da nova Criação, e assim a humanidade, reconciliada com Deus, conserve sempre a paz alcançada em Jesus Cristo.

E cantamos ao Espírito Santo:
Entrada- Senhor quem entrará (12)
Kyrie-Pai de Infinita Bondade (4)
Aleluia-A Palavra é Deus em Nós (1)
Ofertório-Como a Corça (Acção de Graças - 25)
Santo- Santo (Of the rising sun) (7)
Pai Nosso- Pai Nosso (5)

Cordeiro- Cordeiro de Deus (2)
Comunhão- Tomo este pão (10)
Acção de Graças- Recado (Musicas a Maria - 8)
Final- Espírito de Amor (Acção de Graças - 24)

No Domingo o Coro vai cantar na missa do Bairro 2 de Maio
Beijos

Patitas

2007/05/21

Blog do Coro passa a new look

em virtude de mudança de contas de utilizador do blog, o blog passa a ter um novo look.
os contéudos antigos passam a constar do blog:

http://corovespertinoold.blogspot.com/

vamos a ver se isto resulta. é possível que demore algum tempo até tudo estar normalizado.

bjs e abc vespertinos