Missa das 19h de Sábado, na Igreja Paroquial da Nossa Senhora da Ajuda em Lisboa

"Com música, com o nosso sentir cristão, com notas que deixamos hoje, aqui, para vós!"

www.vespertino.org

2007/05/23

Vinde, Espírito Santo

Conta a história que estando os apóstolos refugiados em casa, ouviram uma forte rajada de vento, mesmo com um tempo, que suponho primaveril de Jerusalém, de sol esplendoroso e passarinhos a cantar. Esse som ouviu-se na casa onde se encontravam, nada conta se o mesmo som terá sido ouvido no exterior. Só foi ouvido ou também foi sentido? Até que ponto a percepção dos nossos sentidos não nos fará viver a experiência daquilo que vemos, ouvimos, tocamos? Será que os apóstolos sentiram a rajada de vento nos seus corpos?
Qual a intenção desta tempestade?
Atemorizar!?
Pôr alerta!?
Não seremos nós uns seres que ficamos mais vigilantes quando nos sentimos em perigo, mais expostos, mais frágeis?
Em Getsémani, quando Jesus pede aos discípulos para vigiar e orar, eles arranjam um cantinho confortável e vai de pôr o esqueleto em descanso. Imaginem se o mesmo aconteceria durante um ribombar de trovoada.

Outro ponto importante é que após a acção do Espírito Santo ocorre uma mudança, mas uma mudança que implica uma alteração da definição de nós próprios, semelhante a uma decisão que sabemos vai condicionar a nossa vida: o curso, o trabalho, o casamento.
Esta ideia pode ser mais facilmente compreendida se pensarmos nos sacramentos onde, após recebermos a graça Divina, nós já não somos iguais ao que éramos momentos antes.

A suavidade do Espírito Santo é precedida por um som de vendaval, como que anunciando que após a tempestade vem a bonança.
A mudança que o Espírito Santo nos pede, por muito que isso possa custar, é sem duvida o melhor para nós cristãos.

Aproximam-se ventos de mudança...



LEITURA I
Actos 2, 1-11
«Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar»

De harmonia com a promessa de Jesus, o Espírito Santo, manifestando a Sua presença sob os sinais sensíveis do vento e do fogo, desce sobre os Apóstolos, transforma-os totalmente e consagra-os para a missão, que Jesus lhes confiara.
Com este Baptismo no Espírito Santo, nascia assim, oficialmente, a Igreja. Nesse dia, homens separados por línguas, culturas, raças e nações, começavam a reunir-se no grande Povo de Deus num movimento que só terminará com a Vinda final de Jesus.

SALMO RESPONSORIAL
Salmo 103 (104), 1ab e 24ac.29bc-30.31.34 (R. 30)
Enviai, Senhor, o vosso Espírito e renovai a face da terra.

LEITURA II
1 Cor 12, 3b-7.12-13
«Todos nós fomos baptizados num só Espírito, para formarmos um só Corpo»

O Espírito Santo é «a alma da Igreja». É Ele que dá aos Apóstolos a perfeita compreensão do Mistério Pascal e os leva a anunciar a Ressurreição a todos os homens, sem excepção. É por Ele que nós acreditamos que Jesus é Deus e essa nossa fé se mantém. É Ele que enriquece o Corpo Místico com dons e carismas, numa grande variedade de vocações, ministérios e actividades. É Ele que, ao mesmo tempo que nos distingue, dando-nos uma personalidade própria dentro da Igreja, nos põe em comunhão uns com os outros, de tal modo que a diversidade não destrói a unidade.

Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.

Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.

Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.

Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.

Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.

Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.

Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.

Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.

Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:

Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.

EVANGELHO
Jo 20, 19-23
«Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós:
Recebei o Espírito Santo»

Com a Páscoa, inicia-se a nova Criação. E, como na primeira, também agora o Espírito Santo está presente, a insuflar aos homens, mortos pelo pecado, a vida nova do Ressuscitado. Jorrando do Corpo glorificado de Cristo, em que se mantêm as cicatrizes da Paixão, o Sopro purificador e recriador do mesmo Deus, comunica-se aos Apóstolos. Apodera-se deles, a fim de que possam prolongar a obra da nova Criação, e assim a humanidade, reconciliada com Deus, conserve sempre a paz alcançada em Jesus Cristo.

E cantamos ao Espírito Santo:
Entrada- Senhor quem entrará (12)
Kyrie-Pai de Infinita Bondade (4)
Aleluia-A Palavra é Deus em Nós (1)
Ofertório-Como a Corça (Acção de Graças - 25)
Santo- Santo (Of the rising sun) (7)
Pai Nosso- Pai Nosso (5)

Cordeiro- Cordeiro de Deus (2)
Comunhão- Tomo este pão (10)
Acção de Graças- Recado (Musicas a Maria - 8)
Final- Espírito de Amor (Acção de Graças - 24)

No Domingo o Coro vai cantar na missa do Bairro 2 de Maio
Beijos

Patitas

2 comentários:

Anónimo disse...

Carta a Diogneto (cerca de 200)

"Os cristãos não são diferentes dos outros homens nem pelo território, nem pela língua, nem pelo modo de viver.
Eles não moram numa cidade exclusivamente sua, não usam uma língua própria, nem levam um género de vida especial.
A sua doutrina não é conquista do pensamento e do esforço dos homens estudiosos, nem professam, como fazem alguns, um sistema filosófico humano.
Moram em cidades gregas ou bárbaras, como coube em sorte a cada um, e, adaptando-se aos costumes de vestir, de comer e em todo o resto de vida, dão exemplo de uma forma de vida social maravilhosa que, segundo todos confessam, é inacreditável.
Habitam na respectiva pátria, mas como estrangeiros; participam em todas as honras como cidadãos e suportam tudo como estrangeiros. (...)
Todas as terras estrangeiras são uma pátria para eles e todas as pátrias são terras estrangeiras...
Vivem da carne, mas não são segundo a carne. Moram na terra, mas são cidadãos do céu. Obedecem às leis estabelecidas, mas através do seu teor de vida superam as leis.
Amam a todos e por todos são perseguidos. Não os conhecem e condenam-nos; dão-lhes a morte e eles recebem a vida.
São mendigos e enriquecem a muitos; encontram-se privados de tudo e tudo têm em abundância.
São desprezados e no desprezo encontram glória; difamam-nos e é reconhecida a sua inocência.
São injuriados e abençoam; são tratados de modo insolente e eles tratam com reverência.
Fazem o bem e são punidos como malfeitores; e, embora punidos, alegram-se quase como se lhes dessem a vida.
Mas os que odeiam não sabem dizer o motivo do seu ódio.
Numa palavra, os cristãos são no mundo o que a alma é no corpo."

Desculpem, acabei de receber isto, qd abri o mail e vi o mail vespertino. N ha coincidencias, o nome do mail era mesmo, "um presente"

**

Anónimo disse...

Que confusão estas novas modernices!
Ainda bem que vai haver reunião para me explicarem o que se passa aqui!!!!
Kiss, Kiss*